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Ciclos fechados e sustentabilidade

A maioria das pessoas pensam que os ciclos fechados são processos alternativos, conceituais e uma excepção na procura da sustentabilidade. 

Precisa mudar de perspectiva. Não tem sustentabilidade sem ciclos fechados. Os ciclos fechados  reduzem a velocidade global da entropia, a velocidade de dissolução da energia no mundo.

A outra maneira de reduzir a entropia é imobilizar o chaos é gelar um sistema para guardar a energia. O problema é que essa imobilização cria um sistema morte, sem capacidade de vida.

Um ciclo fechado dinâmico  conectado a outros ciclos fechados compartilhando os produtos e serviços dos processos do ciclo é a única maneira de obter uma sustentabilidade viva.

A segunda operação na procura da sustentabilidade é tentar reduzir a velocidade dos processos do ciclo fechado. Não existe sistema ideal e em cada dinâmica tem desperdício de energia. Quanto mais lento o ciclo mais capacidade a armazenar energia.

Geralmente os ciclos tem fases de entropia para passar de um nível de estruturação para um nível de dispersão (entropia) que permite nova estruturação (sintropia). Por exemplo degradação das folhas (entropia) para alimentar fungos e produção de alimentos para plantas crescer (sintropia). A compostagem é um exemplo imteressante , é bom de limitar a produção de gaz e obter uma combustão biologica lenta, pode ser integrado no ciclo de produção de alimentos nos canteiros. Em técnicas agroflorestais vai ser utilizado na fase inicial de criação de um ciclo (plantio no canteiro)  e depois  deixar o ciclo do carbono e da poda continuar a auto alimentação do sistema. A poda representa aqui também uma entropia com degradação da madeira. A produção de fito-hormonos devida a poda vai reinicializar uma faze de rejuvenescimento (sintropia).

O ciclo de água tem várias fazes, o armazenamento da água da chuva em caixas é um desacelerar do ciclo para redistribuir depois a água de maneira sincronizada com as necessidades do jardim.

Esses aceleração e desaceleração  da sintropia e da entropia junto com o armazenamento em sistema temporariamente  fechado (ex caixa d’água) formam o processo do ciclo.

A terceira operação é verificar que todos os subprodutos do ciclo são reutilizados pelos outros ciclos conectados.

Sustentabilidade e ciclos fechados inter- conectados são uma e mesma coisa. Ciclos fechados perfeitos são a utopia da sustentabilidade. Um objetivo permanente.

O Ecótono, fonte de abundância

O ecótono é um interface entre dois sistemas , geralmente beneficial (ex:fértil), geralmente usado na descrição de ecossistemas complexos (ex:natural) participando na biodiversidade , biodiversidade de ecossistemas e da genética dos seres vivos. A fertilidade vem da abundância de organismos vindo de cada ecossistema e que se aclimatar na zona de transição.

É melhor criar  diferente ecosistemas no jardim , significa interfaces (ex: cercas vivas, cercas monitoradas,…) que devem ter um pouco de porosidades de animais, plantas, microorganismos para criar os ecótonos e de facto biodiversidade e resiliência.

Cada vês retornamos na criação de relações bénéficiais entre ecosistemas ou organismos, o ser humano incluído.

O nível de simbiose no mundo natural biótico e abióticos é tão elevado que podemos considerar um ecosistema como um organismo, da mesma maneira que um organismo é um ecosistema.

O solo é o orgão de digestão da planeta, a mangrove é o orgão de filtração dos resíduos do litoral, funções especializadas, órgãos do ecossistema.

Diferencia fundamental entre colaboração e cooperação

Co – laborar é trabalhar junto, é muito aceno, não tem um esclarecimento do contexto, é puramente funcional.

Co-operar é participar junto a uma operação. Que fala de operação fala de processo. É muito mais rico em relação a semântica. Significa que vamos estudar lá toda a cobertura da colaboração (ao longo das etapas do processo comum) e abrir de maneira mais transparente as finalidades dos processos inclusive as etapas de valorização e a capacidade de negociar conhecendo o valor produzido. Quando Facebook pergunta aos usuarios de enriquecer o conteúdo dele; é utilizar colaboração de massa. Mas Facebook não compartilha as finalidades e o benefício, só utiliza a força da massa . Uber mesma coisa , considera os motoristas como uma função e da um pouco de dinheiro contra essa função e alguns serviços de pedido através Internet. Os motoristas no caso de Uber não compartilham uma operação, um processo do começo até o final.

Colaboração é uma ferramenta de utilização do ser humano. É neutro, uma ferramenta, pode ser utilizada de boa ou mal maneira

Cooperação é tratar de igual a igual. Incluí ethic não é neutro.

Essa diferença pode ser transponda na questão da função e do processo na Permacultura. Uma função falta da visão global que permite de otimizar de maneira a obter o melhor processo global. Otimização duma atividade por exemplo , com muitas etapas, cada uma função, na cadeia do processo global, participando a um objetivo de resultado final, otimizando o possível e não somente uma função que poderia não ser viável sem um processo bom e completo.

Cuidado com o Facebook, o Uber e Amazon que usam a gente como função (produto). Cuidado quando você ouvir a palavra “colaboração”. Pensa “cooperação” e reorienta a compartilha.

Confusão no cultivo AGROFLORESTAl

Muitos vídeos no internet falam de sistema agroflorestal e mostram uma utilização importante de esterco de gado e outros insumos.

Não é agroflorestal sozinho, é agrosilvopastoril. O volume de esterco de gado é significante e se acha em sistema que íntegra o manejo bovino. Se o esterco é um insumo considerado exterior ao ecossistema agroflorestal o risco é de participar ao desmatamento que vá junto com a prática da criação de pastagem para gado. Idealmente o manejo dos animais deveria ser integrado no sistema agroflorestal com piquete, arborização, apóio de 20 a 30% de forrageira de tipo leguminosa viva e sistema de rotação bem elaborado observando e monitorando o profil do capim.

O canal desse vídeo tem muita informação relevante e aqui não é uma crítica negativa dele, só dar uma perspectiva mais completa sobre a questão dos insumos.

A utilização de pó de rocha faz parte também duma perspectiva onde o sistema local mesmo se definido como agroflorestal utiliza o paradigma extrativista minéral convencional. Por exemplo o fósforo faz parte dos recursos que começam a faltar no planeta. Essa remineralização artificial do solo tropical é um reequilíbrio geralmente necessário para produzir anuais.

Esse tipo de adição de insumo deve ser usado só no início da criação dos canteiros agroflorestais e se tornar extremamente limitado na manutenção futura dos canteiros. O objetivo do canteiro agroflorestal é substituir a adição de insumos exteriores para um sistema autônomo onde a poda das plantas perenes e a estratificação vão permitir de manter a fertilidade do solo.

O apoio de insumos nitrogenados muito ricos em minerais produzidos pelos animais é essencial na criação das anuais (tipo hortaliças) pela densidade nutricional necessária para esse tipo de planta. Numa perspectiva de sustentabilidade tem várias soluções para resolver a problemática;

  • Se integrar numa economia circular com a certeza que os insumos vem de cultivos exteriores respeitosos da natureza (certamente o caso do sistema implementado pelo Gabriel nesse canal) ou

Integrar o manejo dos animais no sistema agroflorestal e se tornar um sistema agrosilvopastoril. A utilização de galinha é geralmente utilizada, fácil de manejo, utilizando os insetos e a biomassa da floresta como comida.

O cultivo das PANCs permite também a diminuição da utilização de insumos exterior utilizando plantas locais adaptadas ao ecossistema tropical florestal.

A densidade mineral e a inoculação de microorganismos benefícios pode ser obtida também com a criação de minhocas utilizando para comida delas a biomassa das plantas tropicais manejadas de maneira sustentável.

A criação de minhocas ou larva de mosca para a mineralização dos nutrientes e produção de microorganismos benefícios serve também a produzir proteínas para galinhas por exemplo.

Numa perspectiva Permacultural de otimização, e nesse caso otimização da distribuição dos recursos, a utilização de insumos de origem animal pode ser concentrada nas plantas anuais exigentes. O reequilíbrio mineral feito inicialmente vai ser sustentado pelos ciclos do manejo das perenes (poda).

Em caso de produção e comercialização intensa (extração dos minerais do sítio tirando legumes para vender) um sistema de economia circular deveria integrar idealmente a reciclagem dos resíduos orgânicos do mercado.

Taylorismo, Inteligência Artificial, Permacultura

Trabalho de linha de montagem não é taylorisme. Trabalho de linha de montagem é um padrão horizontal de organização das tarefas , Taylorismo no contrário é uma reorganização vertical onde a concepção dos produtos é feita no topo e a produção na camada inferior. Esse sistema extrai os conhecimentos da camada inferior e deixa a força produtiva sem capacidade de autonomia e negociação.
A Inteligência Artificial acelera esse fenômeno extraindo os conhecimentos das profissões do terreno operacional. Taylorismo transformou por exemplo agricultores em trabalhadores agricoles sem educação sobre o manejo de eco-sistemas naturais. Capaz só de aplicar métodos e produtos definidos pela indústria agroalimentar de maneira repetitiva.
A Permacultura, colocando o agricultores de volta no centro dos eco-sistemas complexos , permite uma ré-apropriação dos conhecimentos e criação da autonomia necessária para um manejo sustentável e adaptado a cada eco-sistema local.
Dois factores podem ajudar a controlar a colonização da agricultura pelo taylorisme de tipo AI;
O tamanho reduzido das chácaras que permite ao agricultor de conhecer e de manejar um eco-sistema complexo limitado e de se integrar no tecido socioeconômico em mutação como autônomo;
Trabalhar com a natureza e a complexidade dela não accessível pelas IA, em termo de modelização e proposta de optimização particularmente na evolução do biome impactado pela mudança climática.

Taylorismo, Inteligência Artificial, Permacultura

O Canteiro Agroflorestal

O canteiro agroflorestal é uma policultura que mistura plantas anuais e plantas perenes. Ele é particularmente bem adaptado no cultivo nos trópicos onde tem luz forte, chuvas fortes, falta de minerais e ecossistemas complexos. Nessa serie de vídeos vamos ver qual são os fatores predominantes na construção e no manejo dos canteiros agroflorestais.

Existem varias design de cultivo agroflorestal . Aqui vou apresentar os dois tipos os mais encontrados antes de aprofundar o tipo canteiro agroflorestal;

  • Cultivos de hortaliças ou cereais entre duas linhas de arvores
  • O Canteiro agroflorestal, que mistura perenes e anuais no mesmo lugar

O cultivo entre linhas de arvores se adaptada bem no clima temperado e permite, se precisa, um design com passagem de maquinas . Esse tipo de cultivo permite a transição agroecológica á partir de sistemas industrias com utilização de maquinas . Nesse caso as linhas de arvores são separadas por distancias suficientes para deixar as maquinas passar. As maquinas utilizadas são as maquinas clássicas do sistema industrial sem lavoura. Pode ter ferramentas adicionais como poda dos galhos, triturador, cortadores das raízes jovens laterais (operação feita quando as arvores são jovens) para reduzir a competição com os cultivos e estimular a produção de raízes mais profundas.

Permite também um tipo de cultivo semi-manual com ferramentas menor e personalizados.

A recuperação da pode e trituração permite de compensar a falta de produção de biomassa nos cultivos entre as linhas depois da colheita.
É um sistema bem adaptado na produção de frutífera, forragem, madeira da lei.

O Canteiro agroflorestal; policultura em canteiro, se adaptada bem no clima tropical. É uma mistura de perenes e anuais numa policultura intensiva. O manejo é manual com poda frequente para adubar o canteiro de biomassa verde. O canteiro agroflorestal é adaptado na transição do cultivo de hortaliça e de pequena fazenda e sítios famílias para a agroecologia.

Canteiro Agroflorestal – Policultura com anuais e perenes

Os fatores predominantes do cultivo de canteiro agroflorestal são;

  • Econômicos; permite de substituir uma grande parte da adubação orgânica nitrogenada (estrume de animais) com o adubo verde composto de fibras de lignina jovem degradas rapidamente pelos fungos e a celulose, carboidratos macias degradas pelas bactérias. O material verde contem muitos nutrientes como nitrogênio, fosforo e potássio encima do carbono. O canteiro agroflorestal permite também a economia de sombrite e a estrutura associada .

Adubação verde e fertilização subterrânea
  • Biodiversidade e saúde das plantas. Os fungos (junto com os actinomicetes) vão iniciar a primeira fase de degradação , produzir compostos biológicos uteis para as plantas e nutrientes para outros organismos na rede alimentar do solo. O micélio vai ajudar a sequestração do carbono, a troca de nutrientes entre plantas, o acesso a micronutrientes difícil da acessar pelas raízes; agua, nitrogênio, fosforo, etc. De uma maneira geral os fungos melhoram a estrutura do solo, as baterias participam na fertilização das hortaliças.
Canteiro Agroflorestal – Matriz de desenvolvimento
  • Ocupação optimizada da parte aérea para
    • Proteger as plantas fracas da luz forte e das chuvas fortes
    • Armazenar humidade no canteiro
    • Criar barreiras contra incestos pragas e habitat para predadores desses incestos
    • Refrescar o canteiro com a evapotranspiração das perenes
  • Flexibilidade no manejo da cobertura do canteiro com poda e localização das plantas

  • Ocupação optimizada da parte subterrânea do canteiro
    • elevação da humidade do solo, pelas plantas maiores, acessível pelas plantas menores
    • Criação duma serapilheira protetora e rica que armazena a humidade
    • reciclagem dos nutrientes, pelas perenes , fugindo das camadas superficiais por causa da lixiviação
    • resiliência da rede dos micélios por causa da estabilidade das plantas perenes e da biodiversidade

Fisiologia de uma arvore
  • Resiliência, autonomia e sustentabilidade. O problema do cultivo de hortaliça e a falta de produção de biomassa (carboidratos) que são quase inexistentes depois da colheita. O carbono não volta no solo para enriquecer a vida do solo, permitir a fertilização e manter a descompactação do solo. No caso do canteiro agroflorestal a produção de biomassa é feita in situ sem necessidade de insumos carbonados exteriores. A fertilização das hortaliças é feita com compostagem adicionado no canteiro de maneira mais limitada para favorizar com o nitrogênio o desenvolvimento das bactérias uteis no cultivo delas.

Em caso de produção intensiva para comercialização a hibridação entre os dos tipos agroflorestal (linhas de arvores e canteiros agroflorestal) permite de diversificar a produção com frutas ( linhas de frutíferas por exemplo) e adubação dos canteiros com a biomassa triturada das linhas de arvores. .

Em termo de processo evolutivo o canteiro agroflorestal pode se tornar uma linha de arvores quando as perenes são adultas e o cultivador tem o objetivo de aumentar a produção de biomassa e criar canteiros adicionais ao lado dos canteiros existente.

O canteiro Agro-Pecuário-Florestal

Aqui esta uma alternativa que íntegra galinhas no manejo dos canteiros para reduzir o labor achando uma sinergia entre agroflorestal e criação de galinha;

Um sistema para otimizar o ratio entre área de cultivo e área de logística e para otimizar a integração de canteiros dentro do sistema agroflorestal
Exemplo da distribuição de plantas no canteiro em ferradura no sistema agroflorestal

Reflorestamento sem plantar

Novo sistema de reflorestamento é desenvolvido na África que passa o custo de 400/8000 dólar ate 40/50 dólar por hectare e permite de reflorestar a savana e reverse a desertificação.  O  processo consiste em  manejar pequenos arbustos  de maneira a desenvolver um tronco central e remover os galos laterais que drenam os nutrientes e guardam a planta baixinha. Depois de um tempo o arbusto cresce canalizando sua energia através do tronco para formar  uma árvore. (Vídeo em Francês)

 

Tony Rinaudo , chamado o fazedor de floresta recebeu o Prêmio Nobel Alternativo para desenvolver essa técnica na africa.

Essa técnica poderia ser utilizada no Sertão brasileiro onde arvores com raízes profundas se adaptam a condições de seca extremas.

O biochar e A terra preta do índio

O biocarvão ou biochar é um carvão carregado com nutriente solúveis.

O biocarvão tem pelo menos (porque não sabemos tudo sobre esse material) as propriedade seguintes;

  • Um grande área de contacto com o ar através de cavidades minúsculas onde os microrganismos podem se estabelecer e resistir nas chuvas. A área de contacto numa colher de carvão é equivalente a um terreno de futebol.
  • As cavidades podem armazenar nutrientes, microrganismos e água
  • Adicionado a areia o carvão reduz a drenagem e melhora a hidrologia do solo.
  • Adicionado a argila o carvão aumenta a drenagem e melhora a hidrologia do solo
  • Adicionado a terra o carvão cria uma terra mais leve
  • O carvão aumenta as reações de tipo redução/oxidação, facilitando a troca de nutrientes
  • O carvão tem uma grande estabilidade e pode resistir na degradação por milhares de anos

O biochar foi utilizado em muitas civilizações, contudo a sua utilização na agricultura aparece a mais generalizada na bacia da Amazônia pelos índios nativos. A terra melhorada com o biochar pode atender 6m de profundidade e se chama “a terra preta do índio”, uma terra muito fértil em uma zona da planeta (trópicos) geralmente infértil por causa da remoção dos minerais por causa do clima (chuvas e bio-degradação).